O ano começou com a maior crise que ela já tinha visto. Além do comprometimento biológico pelo qual já tinha passado há dois meses, o reveillon foi o mais esquisito de toda sua vida. Apressadamente, planejou uma viagem com sua primeira melhor amiga e um antigo colega de escola das duas, mais alguns amigos que não eram tão amigos assim. Já no destino, decidiu por uma programação com outra antiga amiga, que não via há mto tempo. Resultado: passou alguns momentos divertidos, porém com uma gente estranha, que não mais fazia parte de sua vida. Se sentiu sozinha no meio da multidão do reveillon mais concorrido do estado, que bombava ao som do axé que ela tanto adorava, mas que a partir dali, não mais bastava para lhe garantir o frenesi e a alegria de sempre. No dia 1/1/08, desembarcou de volta em casa, onde não tinha ninguém, e mergulhou no choro, que como vocês já sabem, levou-a a uma peregrinação durante todo o ano em busca de médicos, psicólogos, religiões, pessoas que pudessem ajudá-la.
Muita confusão. Muitos conflitos pessoais. Muita dúvida. Muita imaturidade. Agora, ela gosta de ver que mudou muito; e pra melhor. Que cresceu, evoluiu. Graças às terapias, também. Mas especialmente, graças à pessoas. Apesar de sempre presente, a família que mora em outro lugar, cheia de afazeres, pareceu mais longe do que o normal. E aí entraram os amigos. Ela nunca soube cuidar das suas amizades. Embora soubesse fazê-las, deixava de regá-las e perdeu muitas por aí por causa disso. Sorte que aprendeu a tempo de fazer outras.
A Ana ensinou-lhe a comer e beber. Por que ficou tanto tempo se submetendo a regimes malucos? A Isa ensinou-lhe que "a gente tem que se valorizar". Pra quê aceitar tudo? A Dani, que a nossa hora vai chegar, com uma segurança que ela inveja profundamente. A Luti que é preciso ter calma. O Zé que a gente tem o poder de selecionar nossos pensamentos. O Rodrigo que a gente tem que se amar, em primeiro lugar. E esse é só um breve (muito breve!) resumo da ópera. Se tem uma coisa que ela sempre soube, mesmo em meio às crises, é como ser aprendiz. Tenham a certeza de que ela aprendeu uma coisinha que seja com cada um que conviveu. E agora se sente grande, forte e com vontade de abraçar o mundo e ser feliz.
O segundo semestre veio com um ensaio de carinho, o sucesso acadêmico (quiçá profissional) e uma grande alegria de ser ela. Além disso, um livro. Santo livro. Tão santo que o elegeu como sua bíblia daqui pra frente. Terminou de ler e na mesma hora começou de novo. Por isso não poderá emprestar para todo mundo que havia prometido (sorry!). "Comer rezar amar" é um conjunto de 108 pequenos relatos de Liz Gilbert, uma jornalista (como ela!) bem sucedida, bonita, casada, inteligente, que durante um ano passa pela Itália (comer), Índia (rezar) e Indonésia (amar) numa intensa busca pessoal por equilíbrio, depois de um divórcio doloroso, muito choro e remédios (já viram esse filme antes né?). Não é auto-ajuda, é crônica. Trata logo de avisar para aqueles que acham que o livro será chato.
Liz Gilbert tornou-se mais uma de suas amigas, com quem ela está sempre aprendendo, claro. Tanto que partirá para uma viagem, em escala muito menor, diga-se de passagem, já que não tem o dinheiro de Liz. Vitória é o destino e a praia de Camburi será como o ashram, lugar sagrado de meditação dos indianos. Caminhar na praia, tentar meditar (apesar de saber que não é simples assim), renovar suas energias e se encontrar são suas únicas preocupações. Incrivelmente, ela sente um presságio de que será tão bom, e de que o futuro te reserva tantas surpresas agradáveis, que já sente uma dose de felicidade.
Ela promete inclusive uma tentativa de "Comer rezar amar" nesse blog, guardadas as devidas proporções, é lógico. E que venha o ano novo, a busca pelo equilíbrio, as mudanças, a paz e o amor.
Muita confusão. Muitos conflitos pessoais. Muita dúvida. Muita imaturidade. Agora, ela gosta de ver que mudou muito; e pra melhor. Que cresceu, evoluiu. Graças às terapias, também. Mas especialmente, graças à pessoas. Apesar de sempre presente, a família que mora em outro lugar, cheia de afazeres, pareceu mais longe do que o normal. E aí entraram os amigos. Ela nunca soube cuidar das suas amizades. Embora soubesse fazê-las, deixava de regá-las e perdeu muitas por aí por causa disso. Sorte que aprendeu a tempo de fazer outras.
A Ana ensinou-lhe a comer e beber. Por que ficou tanto tempo se submetendo a regimes malucos? A Isa ensinou-lhe que "a gente tem que se valorizar". Pra quê aceitar tudo? A Dani, que a nossa hora vai chegar, com uma segurança que ela inveja profundamente. A Luti que é preciso ter calma. O Zé que a gente tem o poder de selecionar nossos pensamentos. O Rodrigo que a gente tem que se amar, em primeiro lugar. E esse é só um breve (muito breve!) resumo da ópera. Se tem uma coisa que ela sempre soube, mesmo em meio às crises, é como ser aprendiz. Tenham a certeza de que ela aprendeu uma coisinha que seja com cada um que conviveu. E agora se sente grande, forte e com vontade de abraçar o mundo e ser feliz.
O segundo semestre veio com um ensaio de carinho, o sucesso acadêmico (quiçá profissional) e uma grande alegria de ser ela. Além disso, um livro. Santo livro. Tão santo que o elegeu como sua bíblia daqui pra frente. Terminou de ler e na mesma hora começou de novo. Por isso não poderá emprestar para todo mundo que havia prometido (sorry!). "Comer rezar amar" é um conjunto de 108 pequenos relatos de Liz Gilbert, uma jornalista (como ela!) bem sucedida, bonita, casada, inteligente, que durante um ano passa pela Itália (comer), Índia (rezar) e Indonésia (amar) numa intensa busca pessoal por equilíbrio, depois de um divórcio doloroso, muito choro e remédios (já viram esse filme antes né?). Não é auto-ajuda, é crônica. Trata logo de avisar para aqueles que acham que o livro será chato.
Liz Gilbert tornou-se mais uma de suas amigas, com quem ela está sempre aprendendo, claro. Tanto que partirá para uma viagem, em escala muito menor, diga-se de passagem, já que não tem o dinheiro de Liz. Vitória é o destino e a praia de Camburi será como o ashram, lugar sagrado de meditação dos indianos. Caminhar na praia, tentar meditar (apesar de saber que não é simples assim), renovar suas energias e se encontrar são suas únicas preocupações. Incrivelmente, ela sente um presságio de que será tão bom, e de que o futuro te reserva tantas surpresas agradáveis, que já sente uma dose de felicidade.
Ela promete inclusive uma tentativa de "Comer rezar amar" nesse blog, guardadas as devidas proporções, é lógico. E que venha o ano novo, a busca pelo equilíbrio, as mudanças, a paz e o amor.