quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Comer rezar amar" ou "Viajar caminhar ...... (amar?)"

O ano começou com a maior crise que ela já tinha visto. Além do comprometimento biológico pelo qual já tinha passado há dois meses, o reveillon foi o mais esquisito de toda sua vida. Apressadamente, planejou uma viagem com sua primeira melhor amiga e um antigo colega de escola das duas, mais alguns amigos que não eram tão amigos assim. Já no destino, decidiu por uma programação com outra antiga amiga, que não via há mto tempo. Resultado: passou alguns momentos divertidos, porém com uma gente estranha, que não mais fazia parte de sua vida. Se sentiu sozinha no meio da multidão do reveillon mais concorrido do estado, que bombava ao som do axé que ela tanto adorava, mas que a partir dali, não mais bastava para lhe garantir o frenesi e a alegria de sempre. No dia 1/1/08, desembarcou de volta em casa, onde não tinha ninguém, e mergulhou no choro, que como vocês já sabem, levou-a a uma peregrinação durante todo o ano em busca de médicos, psicólogos, religiões, pessoas que pudessem ajudá-la.

Muita confusão. Muitos conflitos pessoais. Muita dúvida. Muita imaturidade. Agora, ela gosta de ver que mudou muito; e pra melhor. Que cresceu, evoluiu. Graças às terapias, também. Mas especialmente, graças à pessoas. Apesar de sempre presente, a família que mora em outro lugar, cheia de afazeres, pareceu mais longe do que o normal. E aí entraram os amigos. Ela nunca soube cuidar das suas amizades. Embora soubesse fazê-las, deixava de regá-las e perdeu muitas por aí por causa disso. Sorte que aprendeu a tempo de fazer outras.

A Ana ensinou-lhe a comer e beber. Por que ficou tanto tempo se submetendo a regimes malucos? A Isa ensinou-lhe que "a gente tem que se valorizar". Pra quê aceitar tudo? A Dani, que a nossa hora vai chegar, com uma segurança que ela inveja profundamente. A Luti que é preciso ter calma. O que a gente tem o poder de selecionar nossos pensamentos. O Rodrigo que a gente tem que se amar, em primeiro lugar. E esse é só um breve (muito breve!) resumo da ópera. Se tem uma coisa que ela sempre soube, mesmo em meio às crises, é como ser aprendiz. Tenham a certeza de que ela aprendeu uma coisinha que seja com cada um que conviveu. E agora se sente grande, forte e com vontade de abraçar o mundo e ser feliz.

O segundo semestre veio com um ensaio de carinho, o sucesso acadêmico (quiçá profissional) e uma grande alegria de ser ela. Além disso, um livro. Santo livro. Tão santo que o elegeu como sua bíblia daqui pra frente. Terminou de ler e na mesma hora começou de novo. Por isso não poderá emprestar para todo mundo que havia prometido (sorry!). "Comer rezar amar" é um conjunto de 108 pequenos relatos de Liz Gilbert, uma jornalista (como ela!) bem sucedida, bonita, casada, inteligente, que durante um ano passa pela Itália (comer), Índia (rezar) e Indonésia (amar) numa intensa busca pessoal por equilíbrio, depois de um divórcio doloroso, muito choro e remédios (já viram esse filme antes né?). Não é auto-ajuda, é crônica. Trata logo de avisar para aqueles que acham que o livro será chato.

Liz Gilbert tornou-se mais uma de suas amigas, com quem ela está sempre aprendendo, claro. Tanto que partirá para uma viagem, em escala muito menor, diga-se de passagem, já que não tem o dinheiro de Liz. Vitória é o destino e a praia de Camburi será como o ashram, lugar sagrado de meditação dos indianos. Caminhar na praia, tentar meditar (apesar de saber que não é simples assim), renovar suas energias e se encontrar são suas únicas preocupações. Incrivelmente, ela sente um presságio de que será tão bom, e de que o futuro te reserva tantas surpresas agradáveis, que já sente uma dose de felicidade.

Ela promete inclusive uma tentativa de "Comer rezar amar" nesse blog, guardadas as devidas proporções, é lógico. E que venha o ano novo, a busca pelo equilíbrio, as mudanças, a paz e o amor.

domingo, 14 de dezembro de 2008

E aí, gata?

- Oi linda, posso te conhecer?
Sem tempo para resposta, já vem ele se apresentando. Então por que pergunta?
- Eu sou o João, muito prazer!
- Maria, prazer. Já de saco cheio com o milionésimo João da sua vida, que provavelmente vai conversar 15 minutos (se é que consegue emplacar um papo) pedir um beijo e ficar perguntando o resto da noite porque você não pode ficar com ele.
- O que você faz da vida?
- Faço jornalismo.
- Que legal! Na Alfa? Sim, porque o estereótipo predominante é de que nerds (?) não vão para a balada...
- Na UFG.
- Noooooooooooooooooooooooossa!!!! Além de linda é inteligente!!
- Hehehe. Sorrisinho sem graça.
- O que eu faço pra ganhar um beijo seu?
Ai meu Deus, ela tem mesmo que perder seu tempo respondendo isso?
- Dá licença, vou ali pegar uma cerveja.
Tenho certeza de que eu e algumas das minhas amigas não somos as únicas cansadas desse papinho. E olha que provavelmente esse cara era um gato. Mas como diz meu sábio professor de cinema, "Mulheres inteligentes não suportam homens medianos". A minha mãe e aquelas tias de sempre começam a dizer que eu sou exigente demais. É exigir demais querer alguém que vá além desse papo superficial?
O meu amigo Zé diria que são os lugares que eu frequento, e que ele já tinha me avisado, me falado pra não ir mais. Tudo bem, então diga-me onde ir. Diga-me onde encontro alguém mais profundo do que os "o-que-você-faz-da-vida?" que eu topo por aí.
Estou incomodada com a revolta que assola algumas mulheres muito interessantes, simpáticas e bonitas que eu conheço. Elas ficam descrentes. Perdem a esperança e a alegria na busca pelo amor. Por fim, desistem. E agora os homens começam a reclamar que elas é que não querem compromisso, estão com mania de independência e aversão à compromisso.
Só não percebem que eles nos deixaram assim, calejadas. Quando disseram "confia em mim" e procederam à toda sorte de ações que nos fizeram perder a confiança. Quando disseram "não estou preparado para algo sério agora", supondo que a gente suporte aquela enrolação vai-não-vai que só beneficia eles mesmos, que não se apegam e conseguem ir e voltar quando bem entendem.

Apesar dos calos, eu, pelo menos, ainda não me entreguei. Apesar da época rivotril, depressão e eu-quero-sumir, ainda espero coisas boas da vida. Ainda aguardo surpresas, pessoas interessantes, lugares legais, amizades profundas. Ainda quero buscar e espero que encontre antes de me cansar. E agora, depois das técnicas neurológicas, psiquiátricas e psicológicas, eu tenho outra tática: alegria. Achar graça disso tudo. Me divertir. Rir do gato na balada e responder que sou estudante de astronomia. Rir, até da dor, do sofrimento e daquele rolo com um carinha que eu queria por tudo namorar, mas que não podia assumir essa responsabilidade naquele momento. ahahahahahaha
P.S.: Aqui encerra-se a era dos posts depressivos, em crise existencial e melosos. Espero. =****

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ano novo

Depois da chamada que eu levei na conversa mais tensa da história da minha terapia, comecei a pensar no ano novo. Sabe aquele papo clichê de arrumar a vida, pagar as contas, dar faxina nos armários, jogar coisas fora e fazer uma lista de resoluções para o próximo ano? É, pois é. Pela primeira vez na vida (que eu me lembre) estou empenhada na "reconfiguração" da minha humilde existência.

Ao contrário das típicas metas de conseguir emagrecer, parar de fumar, mudar de trabalho ou estudar para algum concurso, no meu caso, a reforma é de dentro pra fora. Preciso arrumar a minha personalidade, fazer uns reparos, mudar alguns comportamentos. Aceito sugestões na busca das seguintes metas:

* Curso de maldade
Onde eu aprendi a ser tão boazinha? Sabe aquela comunidade no orkut "bonzinho só se fode"? A minha foto poderia ser capa. Eu sou a personificação da não-ação. Difícil e triste assumir isso, mas eu simplismente acabo deixando todo mundo passar por cima de mim e das minhas vontades. A resolução é: aprender a se posicionar, ser firme. Dizer o que quer, o que pensa e exigir respeito. Aprender a dizer não. Essa é a primeira resolução e, na minha opinião, a mais desafiadora.

* Ioga
Essa meta é parte de uma maior, de cultivar a minha espiritualidade. Talvez eu não faça ioga de verdade, mas comece a meditar, refletir. Arrumar tempo para organizar meus pensamentos. A ioga parece um método interessante. Preciso cultivar a mim mesma, me entender, buscar o auto-conhecimento que me faz tanta falta. Viajar na minha personalidade em busca de uma alma mais leve, menos ansiosa e mais serena.

* Amor
Eu quero sentimento profundo, com todas as implicações que vêm com ele, tipo dor e sofrimento. É pra ocupar o coração mesmo, fazer bater mais forte, disparar. E isso não é apenas a minha eterna busca por um namorado. É a busca por amor, simples assim. Amizade intensa, consideração, companheirismo, elogios, presença.

* Desistir de procurar um namorado
Depois de tantas tentativas, eu quero desistir. Parar de me preocupar com isso. Colocar essa meta lá no fundo das prioridades; o que não contradiz a resolução acima, amor eu continuarei procurando.

*Aprender a ser amiga da solidão
Eu realmente admiro quem consiga pronunciar essa palavra de forma tão tranqüila. Só de pensar nela vem uma corrosão por dentro e uma avalanche de lágrimas prontas para escapulirem. Enfim, já que é a minha realidade, tenho que me acostumar a ela. O que não quer dizer acomodar ou gostar dela, nem tanto. Lidar com ela. Não me desesperar cada vez que penso que sou sozinha nem acreditar que eu vou ser pra sempre.

São tantas coisas tão profundas. A boa notícia é que eu sei por onde começar. Em breve falarei sobre as táticas concretas na busca desses objetivos. E aceito sugestões.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Eu sou mesmo exagerada.

Eu sei, mas eu sofro assim mesmo. Eu sei que a distância pode ser boa, que é preciso saudade às vezes. Mas eu já tô com medo dela, como sempre. Medo.

Eu sou exagerada. Exagero nas emoções, nos sentimentos. Porque por muito tempo já os reprimi sob o lema maior de ser durona, fria e calculista como uma personagem machadiana que tem uma frieza incalculável. Mas não dá. Eu tento ficar calma. Eu tento deixar rolar. Mas como?

Simplesmente não consigo. Simplesmente acho lindo passar o sábado com ele e a partir daí ser normal querer isso sempre pra mim. Já que eu tô cansada da personalidade durona que fingi sustentar por muitos anos.

Não dá pra ser frágil, brega e sentimentalista? Eu quero ficar preocupada porque ele vai à festa sem mim e quero que ele também fique porque eu também vou sem ele. Dá licença, posso? Quero as borboletas no estômago, pernas bambas e coração disparado. Quero escutar letras de músicas românticas e me identificar.

Pena é que eu ainda resisto, um pouquinho, em sentir tudo isso com um recalque de razão; pelo medo (de novo) de sofrer demais depois.

Domingo

Designs de máscaras para a decoração da festa da sala, atualizações no meu blog e comentários nos alheios, planejamento da balada e tardes namorando vitrines no shopping andam preenchendo a leveza dos meus dias após quatro anos de faculdade. Acabou, simples assim. Sabe, no extrato acadêmico: total de horas integralizadas: 100%!E agora? Agora eu estou adorando o período em que eu quero não me preocupar com o emprego, só com a formatura. Afinal de contas, um passo de cada vez né?

Mas por que a gente descobriu tão tarde como ser turma? Eu necessito de turma, de gente ao meu redor. Já até avisei que minha casa tá liberada... E tudo que eu mais quero agora é pensar que a gente aprendeu mesmo e nunca mais vai esquecer essa lição. Tenho medo de não encontrar mais amigos por aí e vontade de guardar pra sempre os que encontrei até agora. Tenho medo (sempre!) da solidão. Do vazio do domingo a tarde.

Preenchimento é a palavra! Quero preencher os espaços... Na coluna "profissão", na coluna "amigos", na alma e no coração.


P. S.: E não me mandem desapegar! Nesse momento eu estou muito emocionada, passional e nostálgica pra considerar o desapego em algo/alguém. Eu quero me apegar e tenho dito. Afinal de contas, o árbitro não apitou o final da partida; o campeonato está apenas começando, cheio de emoções.

domingo, 30 de novembro de 2008

Sobre jogos, amores e jogos de amores...

Eu sei, jogos de amor são pra se jogar. Mas não precisa da agonia dos pênaltis. Não dá pra armar um esquema tático objetivo e eficiente? Eu sei. A bola precisa passar por todos os setores, também não quero um típico chutão do zagueiro para aquele atacante isolado lá na frente, oportunista, esperando para finalizar.

Eu adoro os centroavantes. O meio de campo tem os momentos e os lances mais interessantes da partida. Mas não dá pra ficar eternamente ali, trocando uma bolinha mansa sem ninguém assumir a responsabilidade. Afinal de contas, já diria a velha máxima do futebol: quem não faz, leva, hein!!

E tem mais... o atacante pode cansar de esperar lá na frente. Depois, o cronômetro marca 45 minutos do segundo tempo e vira só agonia. Aí o árbitro apita e não adianta chorar o leite derramado.

Meu árbitro interior está com o apito na mão para sinalizar o final da partida. Mas alguma voz-bandeirinha-interior quer dar mais uns minutinhos, quem sabe não sai aquele gol emocionante no final? Que nada, tudo que eu queria era a frieza do árbitro, que apita o final sem dó.

Pra que essa prorrogação? Que jogo arrastado, sofrido. Cansei de brincar, mas mesmo assim eu queria brincar mais.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Consegui!

Hoje eu fui ao cinema sozinha. Quanta dor havia no simples pensamento de enfrentar a telona sem ninguém ao lado. Durante toda a minha vida evitei esse momento, que parecia ser um bicho-papão, uma mula-sem-cabeça que ia me destruir. Que difícil era (é) pensar na hipótese de estar lá, assistindo romances, aventuras, dores, paixões, sem ninguém para fazer um comentário ou trocar um olhar na cena do beijo.

Assim, no meio da semana, com um período de folga inesperado, fui acometida por um coragem imensa e uma vontade de enfrentar esse medo. Aqui vocês podem pensar... Medo de ir ao cinema? Não... Medo da solidão. Essa sim é uma mula-sem-cabeça que me tira o sono, me dá depressão e já me fez mergulhar em tarjas pretas para dormir e simplesmente não pensar nela.

Porém, adianta fugir? Agora, (tardiamente) estou aprendendo que não. Acorda, Ana Paula. Já passou da hora de encarar o mundo, a vida. Eu sempre disse.... que estou ensaiando. O blog não tem esse nome em vão. Mas os ensaios agora estão cada vez mais sérios, cada vez mais próximos da realidade.

A minha médica-técnicas-indianas-malucas do último post, disse na primeira consulta, que eu acho tudo muito perigoso e tenho medo de me machucar. Fato. Acho mesmo. E, sinceramente, vou continuar achando por algum tempo. Mas eu quero acreditar que já foi uma iniciativa para enfrentar o medo.

E, sinceramente, nem doeu. Fiquei orgulhosa de mim. Mas calma. Isso era no meio da tarde de uma quinta-feira. Não me peça para fazê-lo no meio da tarde de sábado ou domingo, quando o shopping está cheio de casais e famílias felizes. hahahaha Aqui foi o cúmulo da dor de cotovelo né? É, pois é.

Mas eu consegui...

=***

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Inferno ou paraíso?

Primeira observação importante: sempre que venho escrever no meu blog, quero não incomodar ninguém com meus dramas e conflitos existenciais. Quero pensar em um assunto amplo, filosófico, até factual e fazer dele um texto cheio de reflexões. Pois bem, hoje decidi assumir que meu blog é egoísta, única e exclusivamente sobre mim mesma e minha vidinha. Tudo bem, você pode não querer voltar mais aqui porque não te interessa o meu conflito interno sobre aquele rapaz ou uma crise sobre a minha monografia. OK! O fato é que, como já disse em algum post por aqui, tô ensaiando pra vida e o "Ensaio" é uma ferramenta para o tão sonhado auto-conhecimento .

Agora sim, "inferno ou paraíso":

Atualmente eu faço dois tratamentos, com duas técnicas diferentes. Depois de ter um surto numa manhã de terça-feira, no ônibus lotado que me levava à faculdade, quando uma mísera falta de oxigêncio no cérebro paralisou meus braços, enrolou minha língua e me deixou traumatizada com o resto do mundo, eu já passei por dois neurologistas diferentes, um psiquiatra e agora fui parar numa psicóloga e numa médica maluca aí com uma técnica indiana (essa merece um post único, sobre o qual pensarei depois).

Parêntese importante: gente, não fiquem com medo de mim, eu não sou maluca!

Então, vamos à dicotomia que as duas implantaram na minha humilde cabecinha em busca de equilíbrio. Segundo uma delas, "a gente veio nesse mundo pra ser feliz" e ela vai me livrar de todo o mal, amém. Segundo a outra, "o sofrimento é inerente à vida" e eu tenho que aprender a lidar com ele. Aí tá difícil! Outra coisa pra eu procurar o meio termo?

Foi dado um nó na minha cabeça, que agora tenho que desatar. Eu acredito piamente nas duas teorias... Mas... a minha busca pela felicidade anda me deixando tensa. Estou sofrendo com o limiar tão tênue entre acreditar que tudo vai dar certo e que a felicidade está próxima e frear as emoções, com medo do fim e do sofrimento.

O certo é que, ultimamente, para mim, não há nada pior do que a instabilidade. Como eu queria que as coisas e pessoas se repetissem por um tempo. Barzinho no sábado, cinema no domingo; o que não significa uma rotina entendiante, mas a certeza de companhia e proteção. Como equacionar a minha vontade com a dele, que é totalmente oposta? Nesse momento, penso em sair correndo, pode?

Segundo a minha tutora do sofrimento aí, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, e de todo jeito eu tô ferrada. (suspiro) E a outra médica eu só vejo daqui a duas semanas. Aceito sugestões para não entrar em parafuso. >/





domingo, 19 de outubro de 2008

Vamos nos permitir!?

"E as namoradas?", perguntei a um amigo com quem há muito não conversava. "Não tenho isso não", respondeu ele. "Nossa, que aversão", eu exclamei. Muito dono de si, respondeu: "Não pretendo namorar por enquanto".

Não, eu não vou dar uma de solteirona encalhada aqui, que vive reclamando que os homens não querem compromisso. Até porque, ultimamente, as mulheres também não andam querendo - fora eu, diga-se de passagem.

O que eu acho engraçado, é como as pessoas estão com mania de independência. Ninguém mais quer se demonstrar frágil o bastante para dizer que precisa de alguém. Há uma crescente necessidade de afirmar que elas próprias se bastam.

Que inveja dessa segurança toda. Eu não me basto, sempre. Só às vezes, e olhe lá. Eu dependo da opinião dos outros, da aprovação alheia, do elogio e da crítica. O importante é conseguir equilibrar essa dependência, que eu sei que também não deve ser exagerada. Tá aí, mais uma coisa pra eu achar o meio termo.

O que eu sinceramente espero que não seja verdade, é isso de fixar momentos para querer ou não querer coisas. Prefiro acreditar que elas acontecem, simplesmente. Tá certo, eu deveria não querer namorar agora também; muito o que fazer. Mas e daí? Pra quê me impor isso? Que grilo que eu tenho dessas imposições...

"Eu não quero namorar agora", "Eu não vou ligar porque ontem já liguei", "Eu vou recusar esse convite, apesar de estar morrendo de vontade"...

Eu hein, que saco! "Vamos nos permitiiiiiir, e não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver".

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A idade chega, pode acreditar!

Só pra responder a indagação do último post: eu não fui ao show do chiclete com banana. Uma tia que não me via há algum tempo, disse não estar me reconhecendo, qundo contei que ia ao cinema com uma amiga ao invés de ir ao Micarê. Minha madrinha alertou pra minha mãe: "Ela tá doente!". E eu super decidida a não me entregar àquela pílula de felicidade momentânea, que só me deixaria morta de cansaço a semana inteira, quando eu deveria fazer a tal monografia.

E eu não morri por causa disso. Aliás, estou orgulhosa pela mudança de comportamento. Não que eu tenha deixado de gostar do axé e da micareta, meu sangue negão da Bahia continua aqui, correndo pelas minhas veias. Porém... O sangue quer circular mais calmo. Quero trocar a surpresa e o inesperado da micareta pelo estável, tradicional e previsível. Pelo menos por enquanto... Vamos ver quanto tempo dura essa calmaria...

Talvez isso tudo seja reflexo da idade. Vocês percebem como ela realmente chega? Uma prima que brincava de boneca comigo, hoje tem uma criancinha de verdade pra gente brincar. Eu, que comemorava a minha vida universitária brindando a balada por aí, hoje tenho que me concentrar na formatura e me preocupar com o que farei depois dela. De Filha de Jó, passei a membro do Conselho Guardião!

Mas o melhor mesmo foi a constatação dos meus colegas de estágio essa semana: "Porque a Ana Paula é uma dinossaura da Ascom!" Como é que eu pude chegar a esse nível? ahahhaha
Resta comemorar a minha larga experiência de dinossaura e torcer para que ela me sirva em breve, na hora de arrumar um emprego. Mas que me deu uma sensação de idosa, deu.

O fato é que tenho que voar mais alto. Já tô muito velha pra ficar pagando de estagiária por aí. E agora me deu uma dúvida cruel. Que curiosidade de saber como é que eu vou envelhecer. Tomara que seja como jornalista, com saúde e três filhinhos.

P.S.: Que fique bem claro que eu tenho apenas 21 anos. :P

sábado, 27 de setembro de 2008

Eu e a micareta

Desde criança eu gosto de axé. Eu sei qualquer música do início dos anos 90, da Banda Mel, da Banda Cheiro de Amor ou do Netinho. De quando a Ivete Sangalo ainda não tinha aquelas pernas, era uma magrela com um cabelão lambido e Claudinha Leite (carioca que é), nem sonhava em ganhar o ritmo da Bahia. Chiclete com Banana então, aí sim era religião, como os mais fanáticos pregam até hoje, quando o abadá chamava mortália, o Bel usava short e o axé era axé de verdade.


Infelizmente, hoje o axé está banalizado. Toda cidadela minúscula do interior tem uma micareta, sem falar nos"carna facul"da vida e nos congressos disfarçados de festa. Tudo bem, quem está lendo e me conhece, sabe que eu vou neles. Vou, só que eu sou uma maicaretira consciente! kkkkkkkkkkk

Pra começar que não estou ali para pegação, um preconceito que hoje me incomoda, mas que tem uma razão de ser, justamente por causa da banalização. O povo realmente aposta quem vai beijar mais e beija um moooonte sem nem saber o nome... Mas eu nunca estive ali pra isso, dá pra entender?


Eu quero saber da música, daquela batida contagiante, que entra pelos meus ouvidos e impregna minha alma. É sério, se acharem que eu estou exagerando. Pra mim aquilo é uma injeção de ânimos, de alegria, de vida! Não seria como aqueles roqueiros pulando, gritando e delirando com um solo de guitarra?! Pois é, eu deliro com a batida da percurssão, com o toque do tambor.


Pena que está cada vez mais difícil de achar uma micareta genuína. O que acho é um monte de banda tocando enquanto uma cambada de emergentes, que acham que 'bola de sabão' é axé de verdade, permbulam atrás do trio procurando pelos seus relacionamentos fugazes. Um bando de gente que está ali porque tá na moda. Mas micareta não é modinha, pelo amor de Deus!


Vamos à prática. Ontem fui ao Micaregoiânia, diga-se de passagem, só porque ganhei o ingresso, porque cada vez mais estou menos disposta a pagar pra me revoltar com os emergentes. Show do Asa de Águia; massa. Adooooooro. E Jorge e Mateus Elétrico - ai meu Deus, até dupla sertaneja já tá achando que é do axé e que pode se apossar do nosso palco sagrado. Enfim, esse é o sinal da micareta moderna, tenho que me adaptar. E Jorge e Mateus é até animadinho, só não é pra evento de axé.


Chegando lá, pra começar, tem um monte de crianças. Ou seja, menos gente que sabe o significado de músicas como Baianidade Nagô, Chame Gente e Prefixo de Verão. Beleza, nada faz desaminar a minha vontade de ver o Asa, precursora, 20 anos de banda, em 25 de axé music. Doce ilusão. Caráca, com quantos anos está o Durval? Ele mal levantava o braço com a galera. Eu acho que é a primeira vez que eu falo que uma micareta foi ruim, mas essa foi. O Asa, literalmente não arriou. Sou leiga nisso, mas pode ser o sistema de som, sei lá; o trem tava baixo, abafado e não contagiou.


Realmente, já não se fazem mais micaretas como antigamente. E o pior, é que pra aquele povo que estava lá, também nem faz diferença, eles não sabem o que é micareta de verdade mesmo...


Até o show do Netinho no Café Cancun foi melhor. Isso sim é que é axé. E não significa Mila. Uma galera delirando ao som de axés oldiesssss... Você vai se lembrar:


*"Preciso de vocêe, sentir o seu calor e a sua companhiiiiiia... Quando você chegar, eu quero te mostrar, a minha alegriiiiiiia.. Aí meu coração vai poder sossegar"...

*"Amor, eu fico.. nesse balanço você baila comigo, amor eu fico... amor eu fico, nesse balanço você baila comigo..."


E hoje tem chiclete com banana.. com essa chuva, será que eu vou?!

beijos!!






terça-feira, 2 de setembro de 2008

Músicas

Carente profissional (Cazuza/Frejat)
"Tudo azul
No céu desbotado
E a alma lavada
Sem ter onde secar
Eu corro
Eu berro
Nem dopante me dopa
A vida me endoida

Eu mereço um lugar ao sol
Mereço
Ganhar pra ser
Carente profissional

Se eu vou pra casa
Vai faltando um pedaço
Se eu fico, eu venço
Eu ganho pelo cansaço
Dois olhos verdes
Da cor da fumaça
E o veneno da raça

Eu mereço um lugar ao sol
Mereço
Ganhar pra ser
Carente profissional

Levando em frente
Um coração dependente
Viciado em amar errado"

Eu poderia ter escrito isso.
As palavras, eu sinto todas, formando uma poesia que me dói,
enquanto eu mergulho no escuro e escuto música
esperando meu dopante me dopar.

Açaí (Djavan)
"Solidão de manhã
Poeira tomando assento
Rajada de vento
Som de assombração
Coração
Sangrando toda a palavra sã
A paixão
Puro afã
Místico clã de sereia
Castelo de areia
Ira de tubarão
Ilusão
O sol brilha por si
Açaí guardiã
Zum de besouro
Um ímã
Branca é a tez da manhã
Açaí guardiã
Zum de besouro
Um ímã
Branca é a tez da manhã"

Essa eu não poderia ter escrito,
há rimas e palavras nela que vão além da minha imaginação.
Mas ainda assim, sinto.

Também já tocou Alice, Sina, Nem luxo nem lixo, Fulgás, Nada por mim
e nada de eu dormir.
Pra completar a tristeza, aparece "frisson",
que era tudo que eu queria sentir e cantar;
e se eu tivesse motivos para tal
não estaria nessa escuridão, muito menos nesse post meloso.
Mas como meu blog é mais um instrumento psicológico
do que literário, lá vai.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Boteco de segunda

Por que só tão tarde eu aprendi a apreciar a arte do improviso? O acaso de um convite para tomar uma cerveja em plena segunda-feira? O inesperado dos encontros (desencontros) no posto de gasolina?
Por que venerar uma rotina rígida? Apesar de ainda gostar da pontualidade e ser muito responsável com os horários, agora venero os acontecimentos sem hora marcada, sem dia para acontecer.
Pra que engessar a dinâmica da vida? Minha mãe nunca fixou horários para refeições: "Tem que comer quando tá com fome", dizia. É claro que o relógio tem que existir para uma mínima organização social. Mas ele não precisa contar as 24 horas do dia. Que conte oito delas; no meu caso, quatro na faculdade, quatro no estágio... E deixe as outras 16 para a minha imaginação contar e fazê-las eternas ou fugazes, de acordo com meu ânimo.
Quem vai dizer que eu demorei demais no Bar da Tia? Se essas horas passaram leves, que bom. Duras são as que fazem se aproximar o dia da entrega da monografia, mas isso é assunto pra depois, quando eu quiser falar da rigidez do tempo.
Agora eu quero o fugidio. Talvez pra fugir da estranheza desse filme maluco que está passando na aula, enquanto eu escuto música no meu mp6 e escrevo esse texto. Nossa! A professora acabou de parar o filme. Está na hora de ir embora. Ufa! Quem disse que a rigidez do tempo também não é boa? ahahahha
"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"
beijos!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

What's up?

Hey, what's up??

I really love this expression, since when i've learned it! It's so simple, direct, objective. It's so natural. Try to imagine: you're walking on the street and then somebody talk to you... What's up?!!? It's much better than say "Oi, tudo bem?". It's sonorous. I think this is a very good way to start a conversation; and never stop it...

I would love to have this endless conversation... To start talking and don't see the time passing by my hands... Just don't have to worry about that. Don't mind if it's day or night, hot or cold. Just talk. Maybe sing, with a particular hapinnes in my voice, that makes me sing louder and louder.

Yeah, I know I'm being too romantic. Maybe too sily. But it doesn't matter. I want that. Like when I was twelve years old an used to stay at the square after the class.

p.s. 1: escrevendo em inglês porque eu realmente gosto do what's up e porque descobri em um teste online de um programa de trainee, que estou enferrujadíssima no meu idioma preferido. Descoberta muito preocupante. Portanto, sorry pelos erros.

p.s. 2: ai, tô achando meu blog tão chato! Conta aí, what's up? hahahaha

bjus!!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sonhar ou não sonhar, eis a questão.

Como se decidir entre o pessimismo e o otimismo? Entre os conselhos que te dizem "vá em frente, você consegue" e os que dizem "cuidado para não se decepcionar"? Será que é melhor a doçura e leveza dos sonhos que compõem as nossas expectativas, ou a dureza da lucidez que nos faz pôr o pé no chão e ficar na defensiva com medo da frustração?

Confesso que oscilo muito na hora dessas escolhas. Talvez nesse momento eu esteja mais pessimista pelas feridas que já estão em mim. Porém, alguma coisa lá no fundinho do meu coração não deixa a esperança morrer. Tem dia que essa coisa está dormindo, tem dia que ela está hiperativa, tem dia que ela está com preguiça; mas eu sinto que ela está lá, e eu sei que é fundamental ela estar.

Ainda assim, espero fatos concretos para provarem a minha vontade de acreditar nos sinais da "coisa". Não dá pra ficar só acreditando, sem ver os sonhos se realizarem de verdade. Lá de cima, da nuvem do sonho, eu quero ver a realidade acompanhar a dinâmica do sonho, trazendo sua doçura e leveza pra minha vida, sob pena de eu parar de acreditar nele, e me tornar uma amarga pessimista que eu não quero ser.

Quero a sensação de sonhar acordada, de querer dormir pra sonhar com ele, de querer acordar pra vê-lo, de flutuar.

Beijos!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

E agora?

Parece que foi ontem. Chegava eu na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás, com a minha mãe a tira-colo e ouvia uma barulheira maluca que eu não tinha percebido em nenhuma outra unidade; e olha que eu rodei muito no câmpus gigante até "achar o Jornalismo". (Será que eu achei?)

"Agora você vai sozinha", disse minha mãe, talvez mais assutada do que eu, que, apesar do medo, estava achando o máximo aquela baderna toda. "Nossa, como a minha faculdade é legal"! Pensei, ingênua. Subi uma escada e lá veio uma menina me dando um trem vermelho pra beber, que mais parecia uma água depois que se lava um pincel. Blééé! Uma outra me pintou uma unha só com um esmalte super rosa e assim foi o caminho até eu achar o lugar de fazer matrícula; sem falar na farinha, tinta, uma meleca!

De repente.... Eu vou fazer matrícula e não tem matéria! Como assim?! Eu já fiz quase tudo, já se passaram quatro anos, dia 30 de agosto é a festa que marca os 200 dias para a formatura, dia 15 de novembro eu tenho que entregar uma monografia, dia 11 de março é a minha colação de grau. Tudo assim, com data para acabar.

Que triste, numa tarde de domingo, uma simples sorveteria com as amigas e alguém diz: "São as nossas últimas férias". Nossa, meus dias de estudante (de Jornalismo, pelo menos) estão contados. E se os meus tempos psicológico e cronológico estiverem desencontrados? E se estiver na hora formal de fechar um ciclo mas eu ainda não me sentir pronta?

Hoje, por exemplo, a professora de psicologia mandou a gente escrever o que é ser jornalista. Pronto, estava instalada a crise existencial (olha meu extremismo aqui de novo! hahahah). Bom foi ver que não fui só eu que tive dúvidas sobre essa pergunta. Tá bom, eu sei o que é ser jornalista. Mas por que eu quis ser uma? Não dava pra ter escolhido uma carreira mais "tradicional" não? Advogada, médica, dentista, até engenheira.

E agora? Agora eu vou quebrar a cabeça pra descobrir como sobreviver nessa minha profissão. Porque mesmo com os percalços, eu ainda acredito ter feito a escolha certa. Ela só é difícil, mas é a certa. O pior é saber que a luta só tá começando. Haja forças!! Tenho certeza que os capítulos e possibilidades da luta ainda me renderão muitos posts... Se esse for o meu foco no blog, por um bom tempo eu não escrevo nada com o título "crise"...

bju pessoas que lêem essas coisas malucas que são mais um desabafo público do que textos lindos e aproveitáveis...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Crise

Ai que crise criativa. Quero escrever no blog, cheia de empolgação com os meus ensaios, mas não encontro o assunto. Que agonia é querer se expressar e ser impedida por sabe-se lá o quê! Será meu subconsciente recalcando meus desejos de escrever sobre certas coisas? Pode ser, hein!

Entrei em contradição com meu último post né?! Cheio de vontade de transbordar pensamentos, idéias, opiniões... Sim. Mas nenhum texto confortaria minhas vontades, o que eu desejo agora. AGORA. Eu quero agora, dá pra entender?

Estou cansada de ter que esperar. De soluções a longo prazo. De me falarem pra ter paciência. Pra ter calma.

Será que a demora pode fazer coisas mais especiais? Será que pode significar que a sua versão vai ser super-ultra-mega-power boa?! Já tentei ser otimista, pensando assim... Já tentei ser despreocupada, simplismente não pensando.

Não sei se já tentei de tudo. Só sei que eu tô cansada, prestes a perder a vontade de tentar.

p.s. 1: Eu daria "zero" para essa redação sem pé nem cabeça. Comecei de um jeito, terminei de outro. Nenhuma coerência, algum sentido.

p.s.2: Que coincidência, tocou agora no meu pc: "Eu perco o chão, eu não acho as PALAVRAS..." Onde será que elas estão?

bjus!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Siricotico!


Ontem eu fiz 21 anos. Quis postar algo aqui, fazer uma super reflexão sobre a minha vida, tirar conclusões, projetar realizações, comemorar. Desanimei, enrolei e não escrevi o dia todo. Estava envolvida com a baladinha, convidando os amigos para comemorar. Mas eu sei que há outros motivos pra eu não ter escrito nada. Eu imaginava falar do passado, dos meus 21 anos vividos.

Porém... Cada dia mais eu descrubo que eu quero viver, sonhra, pro alto, pra frente, "over the rainbow, so high"! hahahha
Sabe uma vontade louca de sair do corpo? De me desintegrar em um milhão de projetos, vontades, aventuras, novidades, viagens, pessoas, personalidades. Aos 21 anos, chego a conclusão de que tenho que sair de dentro de mim mesma. Me expressar. Sem medo. Ter coragem. Arriscar, ousar. Pode ser tarde para querer isso? Pode. Ou não. Hoje eu sei que depende só de mim.

E dependendo de mim... Eu quero andar pelo desconhecido, dar a cara à tapa, olhar, ser olhada. Ser várias Anas de uma vez, ser uma Ana só se eu cansar. Escolher a Ana que eu quero ser. Além disso, também quero comunicar essa explosão de Ana com toda a intensidade que puder. A Comunicação, que vem de Comunhão, que eu tanto deveria entender (ops!). Me comungar com o mundo.

É tanta coisa, que o blog é pouco pra caber. Como diria minha cantora/compositora preferida:

"O que há de mal?
Poder brincar de amar
Sem pensar no amanhã
Sem nenhuma vergonha
Numa cara de pau
Aproveitar um samba
Numa tarde vazia
Ter um siricotico
Ter uma aventura"
(Vanessa da Mata)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Tem coisas que só o interior faz por você!

Dormindo meu sono dos justos para acordar numa segunda-feira sem nada pra fazer, como há muito tempo não acontecia, fui surpreendida com a campainha escandalosa da minha casa tocando desesperadamente. Minha cachorrinha disparou a latir e pronto, estava interrompida minha noite de sono. Não era nada, é claro. Eu já sabia que era um desocupado passando na rua, querendo zoar com o resto dos mortais que queriam apenas dormir. Comecei a rir e pensar: quando é que isso aconteceria em Goiânia??! Tem coisas que só Bela Vista faz por você! Pra quem não sabe, Bela Vista é uma cidade a 40 km de Goiânia, com uns 25 mil habitantes. Por um acaso, minha mãe e meu pai moram lá. É onde eu também dou minhas empolgantes aulas de redação, passo metade dos fins de semana e agora estou "curtindo" minha semaninha out.

Não estou certa de que "curtindo"é a palavra ideal. Meu pai resolveu cortar a internet. Decisão muito sábia, já que a gente costumava digitar o endereço e ir dar uma voltinha, fazer alguma coisa e voltar mais tarde pra ver se a página tinha aberto. Não, nesse caso não estou usando meu típico exagero. Bom, então me restava ver todos os filmes das locadoras da cidade, que tem "Efeito Borboleta" na prateleira de lançamentos e exemplares de "Uma linda mulher" em VHS. Consegui achar dois dvs e lá fui eu. Na metade do primeiro, o aparelho resolveu dar pau. Percebe-se que minha casa precisa de uma evolução digital e uma troca de aparelhos eletro-eletrônicos urgente. Só tá piorando...

E hoje ainda é segunda-feira! Mas tudo bem... Agora estou aqui numa sessão Sandy e Junior oldies, escutando meus velhos cds e cantando que nem a Bridget Jones no começo do filme. Mas que é esquisito, é. Parece com quando eu tinha 13 anos e ainda morava aqui. Credo! A diferença é que eu tinha tarefa pra fazer. Hoje, não consigo olhar para os livros da monografia (afinal, estou de férias!) e já vasculhei a prateleira toda, mas não há nada que eu já não tenha lido.

Mas isso já tá ficando dramático demais. O isolamento também é bom. Eu vou resistir. Aliás, esse era o ideal, me desligar do resto do mundo e descansar. Mas quem disse que eu consigo? É claro que não aguento sem dar uma olhadinha no orkut. Mais tarde terei que ir à lan house, é mais forte do que eu! Quem sabe eu não pegue minha cachorrinha e vá a pé?! Caminhar faz bem... Posso tomar um sorvete na praça, conversar fiado na rua. Tá ótimo, já chega da injeção de "interior" por hoje né. Nesse quesito eu puxei à minha mãe, que sente falta do trânsito da cidade grande, podem acreditar. E eu já inventei coisas demais pra fazer só hoje, o que farei no resto da semana? Grande dilema... Aceito sugestões.

bju pro povo que tá lendo isso aqui e ainda dizendo que é bom! :P

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Testando!


Ai que medo. Que vergonha... E o que eu vou escrever lá!? Essa foi a primeira pergunta que fiz à Ana Flávia, minha amiga que há um tempinho me incentiva a fazer um blog, e hoje me ajudou na empreitada. Então eu topei. Mas por enquanto tô só ensaiando! Ensaiando pra escrever coisas tão bonitas quanto as que ela escreve. Aliás, até hoje eu tô ensaiando pra vida, apesar de saber que já deveria tê-la encarado antes. Mas essa polêmica ainda vai render muitos outros posts, vocês verão!

Por enquanto estou ensaiando para ser uma blogueira de verdade, como a maioria dos meus colegas de profissão. Que jornalista hoje não tem um blog!? Que site não tem uma parte de blogs, sobre os mais variados assuntos!? Tenho que me adequar à tecnologia, que eu adoro tanto. Mas é que eu gosto das regras, de responder como, quando, onde e porque. Como uma pessoa absolutamente metódica se insere nesse espaço de tanta criatividade? Essa é a minha dificuldade. Não sei poetizar, não sei ser lírica, nem fazer de pequenas coisas, atos banais, percepções ocasionais, um texto lindo e profundo como a
Ana e a Marília (outra amiga) fazem.

Mas eu tô tentando! E o blog é a primeira tentativa de descobrir a escritora que existe em mim. A outra pode ser a aula de jornalismo literário, no semestre que vem, mas essa é outra história. Mais que isso, espero que o blog me ajude também a descobrir quem existe em mim. E quem se aventurar a ler isso (será que alguém vai ler?), provavelmente perceberá o conflito na maioria dos posts. Escrever o "quem sou eu" foi uma prova de fogo! (Tá vendo como eu sou extremista, exagerada?)


E por hoje chega né?! Na minha semaninha de férias, a partir de amanhã, pensarei mais sobre o meu blog... ;*