domingo, 19 de outubro de 2008

Vamos nos permitir!?

"E as namoradas?", perguntei a um amigo com quem há muito não conversava. "Não tenho isso não", respondeu ele. "Nossa, que aversão", eu exclamei. Muito dono de si, respondeu: "Não pretendo namorar por enquanto".

Não, eu não vou dar uma de solteirona encalhada aqui, que vive reclamando que os homens não querem compromisso. Até porque, ultimamente, as mulheres também não andam querendo - fora eu, diga-se de passagem.

O que eu acho engraçado, é como as pessoas estão com mania de independência. Ninguém mais quer se demonstrar frágil o bastante para dizer que precisa de alguém. Há uma crescente necessidade de afirmar que elas próprias se bastam.

Que inveja dessa segurança toda. Eu não me basto, sempre. Só às vezes, e olhe lá. Eu dependo da opinião dos outros, da aprovação alheia, do elogio e da crítica. O importante é conseguir equilibrar essa dependência, que eu sei que também não deve ser exagerada. Tá aí, mais uma coisa pra eu achar o meio termo.

O que eu sinceramente espero que não seja verdade, é isso de fixar momentos para querer ou não querer coisas. Prefiro acreditar que elas acontecem, simplesmente. Tá certo, eu deveria não querer namorar agora também; muito o que fazer. Mas e daí? Pra quê me impor isso? Que grilo que eu tenho dessas imposições...

"Eu não quero namorar agora", "Eu não vou ligar porque ontem já liguei", "Eu vou recusar esse convite, apesar de estar morrendo de vontade"...

Eu hein, que saco! "Vamos nos permitiiiiiir, e não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver".

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A idade chega, pode acreditar!

Só pra responder a indagação do último post: eu não fui ao show do chiclete com banana. Uma tia que não me via há algum tempo, disse não estar me reconhecendo, qundo contei que ia ao cinema com uma amiga ao invés de ir ao Micarê. Minha madrinha alertou pra minha mãe: "Ela tá doente!". E eu super decidida a não me entregar àquela pílula de felicidade momentânea, que só me deixaria morta de cansaço a semana inteira, quando eu deveria fazer a tal monografia.

E eu não morri por causa disso. Aliás, estou orgulhosa pela mudança de comportamento. Não que eu tenha deixado de gostar do axé e da micareta, meu sangue negão da Bahia continua aqui, correndo pelas minhas veias. Porém... O sangue quer circular mais calmo. Quero trocar a surpresa e o inesperado da micareta pelo estável, tradicional e previsível. Pelo menos por enquanto... Vamos ver quanto tempo dura essa calmaria...

Talvez isso tudo seja reflexo da idade. Vocês percebem como ela realmente chega? Uma prima que brincava de boneca comigo, hoje tem uma criancinha de verdade pra gente brincar. Eu, que comemorava a minha vida universitária brindando a balada por aí, hoje tenho que me concentrar na formatura e me preocupar com o que farei depois dela. De Filha de Jó, passei a membro do Conselho Guardião!

Mas o melhor mesmo foi a constatação dos meus colegas de estágio essa semana: "Porque a Ana Paula é uma dinossaura da Ascom!" Como é que eu pude chegar a esse nível? ahahhaha
Resta comemorar a minha larga experiência de dinossaura e torcer para que ela me sirva em breve, na hora de arrumar um emprego. Mas que me deu uma sensação de idosa, deu.

O fato é que tenho que voar mais alto. Já tô muito velha pra ficar pagando de estagiária por aí. E agora me deu uma dúvida cruel. Que curiosidade de saber como é que eu vou envelhecer. Tomara que seja como jornalista, com saúde e três filhinhos.

P.S.: Que fique bem claro que eu tenho apenas 21 anos. :P