sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vento candango


É um vento sul encanado entre os prédios quadrados do setor comercial. Um vento que não faz voltinhas, como nos desenhos. Um vento que desce reto, cortando o meu rosto e fazendo cócegas no meu pescoço. É um vento que gela o dia, apesar de uma beiradinha de sol que sai ali do lado daquela pilastra. É o vento que me recebe todos os dias, quando eu saio do subsolo e me deparo com aquele pedacinho de eixo monumental. É um vento chique, que permite cachicol, bota e casaco (sem ser na pecuária). O vento me diz bom dia, e pasmem, eu até respondo: “Bom dia, Brasília!”

Será que eu estou me adaptando?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Extra! Extra!

Pesquisador conclui que mulher é mais inteligente que o homem

Da Agência Estado
Em São Paulo

Depois de analisar 137 mil notas tiradas durante um semestre por 22 mil alunos de 30 cursos superiores de uma universidade privada carioca, o pesquisador José Abrantes, concluiu que as mulheres são mais inteligentes do que os homens. Na média, as notas delas foram 3% superiores às deles. Na análise, por disciplina, de 12 tipos de inteligência, elas mostraram melhores resultados em nove e eles em três.

Os homens são mais hábeis usando as inteligências matemática-lógica, visoespacial e cinestésico-corporal. Já as mulheres na pictórica, ultrapessoal, interpessoal, naturalista, existencial, musical, social, linguística e emocional. Segundo Abrantes, os homens demonstraram maior compreensão matemática, mais capacidade para entender mapas e se localizar no espaço, além de se saírem melhor na inteligência corporal e nas atividades que necessitam de força.

Já as mulheres apresentaram mais facilidade de se expressar pela escrita e pela fala, maior entendimento de questões filosóficas, habilidade para desenhar, para a música e para usar os conhecimentos no meio ambiente. Elas ainda levaram vantagem na inteligência emocional, no autoconhecimento, na capacidade de se relacionar com os outros e de equilibrar competição e qualidade de vida.

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Novidade nenhuma, né garotas?? Sabemos que somos mais inteligentes que eles. Mas, na minha opinião, pecamos num quesito: na calma. Mesmo que tenhamos mais conhecimento, eles podem se sair melhor naquela prova pelo simples fato de que não estão nem aí. Mulher se preocupa demais, pensa demais, analisa demais; e digo isso me incluindo, claro.

Pensem bem, aqueles meninos do fundão, tranquilões, de boa, que conversavam na aula, azaravam as menininhas no recreio, não passaram no vestibular? E eu me matando de estudar, chorando, sofrendo por antecipação com a ideia de não passar. Totalmente passional.

E é aí que a pesquisa perdeu a validade, segundo minha humilde visão. Quem em sã consciência concorda que nós, mulheres, temos mais inteligência emocional que os homens? A gente perde o equilíbrio toda hora: porque ligou, porque deixou de ligar, porque fulano não atendeu o celular... E não adianta, não é o meu velho problema de sanidade mental não; TODA mulher é assim, confessem gatas! Um desequílibrio fino e elegante, claro; mas que não deixa de ser desiquílibrio...

Ao mesmo tempo, é aí que está toda a graça. A intensidade. A vontade de ser tudo ao mesmo tempo, de querer tudo ao mesmo tempo e de lutar por tudo ao mesmo tempo. - o que gera uma potencial tendência à loucura. E aí, tenho que invocar Martha Medeiros para traduzir perfeitamente o que eu quero dizer:

"Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota".

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

ARE BABA!!!

Já perceberam como as gírias são sazonais, certo? O "iraaaaado" de hoje é o "massa" de ontem. Elas se renovam. Assim como a língua é dinâmica, os desvios da língua culta também o são. Assim, as gírias denunciam as gerações. Quando eu estranhei minha aluna dizer "to de brinks", eu denunciei o quanto sou mais velha que ela. É igualzinho quando meu professor de mátemática escreveu "Supimpa!" na prova que eu tirei 10. E assim por diante...

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Reparem como a temporalidade das gírias está ligada às novelas. Não gente, não é a Rutinha, é a Glória Perez mesmo. Are baba, já repararam como as novelas dela mudam o linguajar do país? Eu sei, eu ando vendo novela demais, tick. Mas quem disser que não copia uma palavrinha dessas vai arder no mármore do inferno! Não é um must aquele sotaque indiano?
Eu não sou viciada, nahim! Vejo novela de vez em quando... E tenho teorias sobre, mas que rendem outro post. Agora, se quer me matar com a faca da cozinha, me deixe em casa no sábado, me dando a oportunidade de ver a novela e Zorra Total. Aí NÃO POOOOOOODE. Jesus me abana!. (Jesus ou Lorde Ganecha?)
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Falando em novela, lembrei do filme. Segundo minha amiga Marília, "Ir ao cinema sozinha uma vez é desafiador, (...) uma prova de amor a si mesmo. Ir ao cinema sozinha duas vezes é provar que esse amor é de verdade, vai longe…" E a terceira, é o quê?
Não, não vou fazer meu quinquagésimo post-desabafo teorizando sobre a minha solidão. Vou contar do filme: Anjos e Demônios. Não, também não vou fazer uma resenha, com técnica, que é o que usualmente esperam de nós, jornalistas. Vou apenas dizer que não gostei; que o livro, que eu li pelas metades, expressa muito melhor a emoção da trama, que eu acho ótima.
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Adorei o meu post a la Martha Medeiros, com asteriscos. rsrsrs
Só pra ver se eu volto a postar aqui e espanto a minha crise blogueira...

Eu vou, e volto! Namastê.
bjusss!!!