quarta-feira, 25 de março de 2009

De repente 30

Diferentemente da mocinha do filme homônimo ao meu post, que, de repente, se vê voltando ao tempo e adotando comportamento de uma menina de 12 anos de idade, eu acabo de perceber que adiantei minha vida. De repente, me sinto com uma enorme responsabilidade de adulta, tipo, com 30 anos.

De repente, eu sou testemunha ocular de uma medida que muda a vida de milhões de pessoas do país, e estou lá justamente quando o ministro apresenta as mudanças para a Associação em que trabalho; em primeira mão, claro.

Naquela sala, decidia-se sobre o futuro da educação no país; e eu sentia o peso de ser adulta e jornalista, responsável, em parte, pela mediação dessa informação para a imprensa nacional. Enquanto escrevo esse post, Fátima Bernardes dá a manchete no Jornal Nacional (sério!).

Depois de horas de reunião, chega alguém que informa ao ministro: a imprensa está esperando. Aí sim, ele e o presidente da entidade em que trabalho foram para a sala de coletivas do MEC, e os outros jornalistas da face da terra tiveram acesso à informação. rsrsrs Tá bom, eu sei que eu tô empolgada; mas é muito interessante sentir a responsabilidade social do jornalismo, o poder da informação e o poder que você tem sobre ele. A partir daí, meu celular não parou de tocar; com direito a produtora do Fantástico, gravação no SBT, entrevista para a CBN.

Parte II
Ok, superada essa fase, comi alguma coisa em 30 minutos e fui para a primeira de três reuniões que tinha na Câmara dos Deputados. Vem de novo o ministro, falar com o presidente da Casa, e lá estava eu disparando flashes entre milhões de outras máquinas, fotógrafos, jornalistas, assessores. Pelos corredores da Câmara, imagino quantas pessoas importantes, poder, decisões, lutas e caminhos rolam junto comigo naquelas esteiras que ligam os vários anexos do complexo dos deputados.

Sabe, nessas horas, dá até pra sentir um alívio em ter escolhido fazer uma coisa importante e emocionante, para o resto de sua vida.

P.S.: Só uma dúvida: eu tenho 21. E quando tiver 30 de verdade???

2 comentários:

Anônimo disse...

que orgulho dessa jornalista nata!
Eu sabia! Um dia vou poder dizer para os meus netos:
Ó, vovô foi colega da Ana Paula Vieira, viu!
e eles me responderam:
Vó, cadê o remédio do vovô?

que orgulho nossinhora!

marília disse...

ái.. é tão bom ver você assim, bem sucedida! Se dando bem no sentido profissional, mas no emocional também.. se sentindo bem com isso. Pq só ter um emprego bom não adianta, tem que estar feliz com o emprego bom. Orgulho mesmo, de verdade! E eu tb vou exibir pros meus netos que eu conheço a Ana Paula Vieira desde os tempos de escola! kkkk =*