quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Inferno ou paraíso?

Primeira observação importante: sempre que venho escrever no meu blog, quero não incomodar ninguém com meus dramas e conflitos existenciais. Quero pensar em um assunto amplo, filosófico, até factual e fazer dele um texto cheio de reflexões. Pois bem, hoje decidi assumir que meu blog é egoísta, única e exclusivamente sobre mim mesma e minha vidinha. Tudo bem, você pode não querer voltar mais aqui porque não te interessa o meu conflito interno sobre aquele rapaz ou uma crise sobre a minha monografia. OK! O fato é que, como já disse em algum post por aqui, tô ensaiando pra vida e o "Ensaio" é uma ferramenta para o tão sonhado auto-conhecimento .

Agora sim, "inferno ou paraíso":

Atualmente eu faço dois tratamentos, com duas técnicas diferentes. Depois de ter um surto numa manhã de terça-feira, no ônibus lotado que me levava à faculdade, quando uma mísera falta de oxigêncio no cérebro paralisou meus braços, enrolou minha língua e me deixou traumatizada com o resto do mundo, eu já passei por dois neurologistas diferentes, um psiquiatra e agora fui parar numa psicóloga e numa médica maluca aí com uma técnica indiana (essa merece um post único, sobre o qual pensarei depois).

Parêntese importante: gente, não fiquem com medo de mim, eu não sou maluca!

Então, vamos à dicotomia que as duas implantaram na minha humilde cabecinha em busca de equilíbrio. Segundo uma delas, "a gente veio nesse mundo pra ser feliz" e ela vai me livrar de todo o mal, amém. Segundo a outra, "o sofrimento é inerente à vida" e eu tenho que aprender a lidar com ele. Aí tá difícil! Outra coisa pra eu procurar o meio termo?

Foi dado um nó na minha cabeça, que agora tenho que desatar. Eu acredito piamente nas duas teorias... Mas... a minha busca pela felicidade anda me deixando tensa. Estou sofrendo com o limiar tão tênue entre acreditar que tudo vai dar certo e que a felicidade está próxima e frear as emoções, com medo do fim e do sofrimento.

O certo é que, ultimamente, para mim, não há nada pior do que a instabilidade. Como eu queria que as coisas e pessoas se repetissem por um tempo. Barzinho no sábado, cinema no domingo; o que não significa uma rotina entendiante, mas a certeza de companhia e proteção. Como equacionar a minha vontade com a dele, que é totalmente oposta? Nesse momento, penso em sair correndo, pode?

Segundo a minha tutora do sofrimento aí, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, e de todo jeito eu tô ferrada. (suspiro) E a outra médica eu só vejo daqui a duas semanas. Aceito sugestões para não entrar em parafuso. >/





4 comentários:

Anônimo disse...

Colega... vc é meu duplo!
rsrsrs
Alguma reflexão mais profunda só no msn.. rsrsrs

Anônimo disse...

Ana, Força!!!
você não está sozinha amiga! heheh

Já cansei de me descabelar tentando forçar a situação, buscando felicidade nos lugares menos prováveis. Isso me assombra ainda, porque a gente tem a sensação de que as coisas estão acontecendo, de que as pessoas estão se encontrando, de que todos exalam paixão e felicidade por todos os poros enquanto vc sobra,no meio da estrada empoeirada da vida avulsa!!!!

Mas não se desespere, jogue tudo pro alto e relaxe! Concordo com vc. Essa é uma reflexão importante,ela precisa ser feita de tempos em tempos, porque na pior das hipóteses evita que a gente continue a viver uma felicidade fake, de uma noite, de um verão, ou de carnaval que seja.
Quanto a técnica da terapia, continuo achando que enfrentar a realidade é a melhor das saídas.
É o que eu tenho feito!

bjus-sucesso-gata! e obrigada pelos comentários sempre sábios!

;)

Anônimo disse...

a solução é simples:
largue os psicologos, psiquiatras e outras coisas do gênero.
De preferência, largue-os depois de tê-los xingado muito e, de preferencia, sem pagar.
simples assim.

Unknown disse...

escute coldplay no volume máximo :)