Por que só tão tarde eu aprendi a apreciar a arte do improviso? O acaso de um convite para tomar uma cerveja em plena segunda-feira? O inesperado dos encontros (desencontros) no posto de gasolina?
Por que venerar uma rotina rígida? Apesar de ainda gostar da pontualidade e ser muito responsável com os horários, agora venero os acontecimentos sem hora marcada, sem dia para acontecer.
Pra que engessar a dinâmica da vida? Minha mãe nunca fixou horários para refeições: "Tem que comer quando tá com fome", dizia. É claro que o relógio tem que existir para uma mínima organização social. Mas ele não precisa contar as 24 horas do dia. Que conte oito delas; no meu caso, quatro na faculdade, quatro no estágio... E deixe as outras 16 para a minha imaginação contar e fazê-las eternas ou fugazes, de acordo com meu ânimo.
Quem vai dizer que eu demorei demais no Bar da Tia? Se essas horas passaram leves, que bom. Duras são as que fazem se aproximar o dia da entrega da monografia, mas isso é assunto pra depois, quando eu quiser falar da rigidez do tempo.
Agora eu quero o fugidio. Talvez pra fugir da estranheza desse filme maluco que está passando na aula, enquanto eu escuto música no meu mp6 e escrevo esse texto. Nossa! A professora acabou de parar o filme. Está na hora de ir embora. Ufa! Quem disse que a rigidez do tempo também não é boa? ahahahha
"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"
beijos!!