quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A professorinha

Era uma vez uma menina que adorava brincar de escolinha. A primeira coisa que ela disse que seria quando crescesse foi “professora”. Momentaneamente dissuadida pela mãe, ela passou a falar que ia ser dentista. Mais tarde, já perto da decisão, não sabia ao certo o que queria ser. Um dia, decidiu: jornalista.

Apesar de uma leve tendência indicando para o curso de “Letras”, ela estudou muito, fez vestibular e passou para Jornalismo. À esta altura, já tinha esquecido da profissão com a qual sonhava quando era pequena.

Ainda no primeiro semestre do Jornalismo, nem tão crescida assim, aos 17 anos, recebeu um convite para ser professora. Sem hesitar, aceitou.

Durante quatro anos, ensinou muito e aprendeu mais ainda. O cansaço da semana inteira de estudos e o fato das aulas serem na sexta a noite e no sábado de manhã não tiraram dela o entusiasmo de ser professora, mesmo nas muitas vezes em que ela não conseguia fazer calar a turma bagunceira.

Todas as adversidades ficavam pra trás quando alguém dizia que aprendeu alguma coisa graças à aula dela e que ela era um exemplo; ou quando ela acertava o tema da prova do vestibular e depois via os seus ex-alunos passeando pelo campus da universidade. Não interessavam as críticas, as milhões de reclamações de que a aula estava chata ou as revoltas com notas baixas. Ela tinha convicção.

Tentou ensinar algumas coisas e aprendeu o valor dessa tentativa. Quando voltava para a posição de aluna, sabia exatamente o que seu professor sentia quando pedia silêncio. Assim, aprendeu o valor das pessoas que doam as vidas por outras e o desvalor da sociedade para com uma profissão tão bonita e importante.

Hoje, ela sente muita saudade das salas de aula, pois não mais pode compartilhar o jornalismo e a educação. Porém, ainda sonha com a utopia de um mundo melhor a partir da formação de pessoas melhores e com o dia em que ela voltará a ser uma professorinha.

Feliz dia do professor!!

5 comentários:

ROGÉRIO disse...

QUE LINDO SEU TEXTO ANA PAULA. TENS RAZÃO AO DIZER PALAVRAS TÃO TOCANTES COMO ESSAS. EU FUI UMA DAS PESSOAS QUE CAMINHOU PARA O CAMINHO DAS LETRAS, NÃO DEU PRA FUGIR. JURO QUE TENTEI, MAS ACABEI CAINDO AUI. SEI QUE NÃO FOI POR ACASO PORQUE EM TUDO VEJO UM PROPÓSITO. HOJE SINTO O QUE ESSA PROFESSORINHA SENTE REALMENTE FALTA DOS MOMENTOS QUE COMPARTILHAVA COM SEUS ALUNOS, ESTANDO ELES INTERESSADOS OU NAO NAS AULAS QUE ELA DAVA. E, CERTAMENTE TAL PROFESSORINHA SABE QUE SEUS ALUNOS SENTEM FALTA DELA. PORQUE OS BONS PROFESSORES MARCAM A VIDA DA GENTE.

PARABÉNS PELO SEU DIA E ME DESCULPE SE FALEI O Q NAUM DEVIA. ESSE TEXTO ME PARECE TÃO REAL. ABRAÇOS

Marília disse...

Bom dia, professora Helena!

Nós vamos revolucionar o ensino do Jornalismo, professorinha, pode anotar aí! Também não sei explicar porque quero ensinar, só sei que eu quero e sempre quis e só não fiz Pedagogia porque o Jornalismo veio antes e arrebatou meu coração! ahuehaueh Mas meu brinquedo preferido era meu quadro negro e o giz colorido. Até aluna de verdade eu tinha! huaehuaeh

Seremos professorinhas e vamos difundir a filosofia Moça Diferente pelas Universidades de Jornalismo do mundo! \o/ kkk

Jordana disse...

Acho lindo quando alguém reconhece...

Ser professora é muito mais que ensinar. É brega e batida essa afirmação, mas ser professora é aprender também. E eu aprendo demais sendo professora. E por mais que meu pé fique inchado e o meu salário não seja justo, por mais que às vezes eu juro por Deus que vou fazer outra faculdade, a pedagogia me pega pelo pé, e pelo coração.

E eu aceito os parabéns, heim?! hahaha

Rodrigo Vilela. disse...

ser professor mais forte do que a gente. rs. Ainda nào consegui largar as salas de aula. Basta querer, e vc consegue conciliar.

saudade, professorinha.

Carol disse...

Você era a "tia", mas eu consegui fazer o 1º ano ficar caladinho... ahahaha!